Vaqueiro de 18 anos morreu após tiro acidental sem saber da gravidez da esposa


Por telefone, o FOLHA DO SUL ON LINE entrevistou na manhã deste domingo, 04, a sitiante Maria Aparecida da Silva. Aos 45 anos, ela mora no Assentamento Maranatá, na zona rural de Chupinguaia, e já enfrentou perdas dolorosas, a última delas registrada três dias atrás, em Vilhena.

Em novembro do ano passado, dona Maria sepultou o filho Renan Marcos Alves da Silva, de 18 anos, vítima de um acidente fatal: ele disparou um tiro acidental de rifle em si mesmo e morreu antes de chegar ao Hospital Municipal de Chupinguaia. A morte do jovem vaqueiro, que foi atingido na altura do olho, comoveu a região (LEMBRE AQUI).

A mãe conta que Renan tinha o sonho de ser pai, mas morreu sem saber que a esposa, Gleici Silva, hoje com 18 anos, com quem havia se juntado quando ambos ainda eram menores de idade, estava grávida. “Eles se casaram muito novinhos, mas a união deu certo”, diz a sitiante.

Depois do sepultamento do companheiro, Gleici fez exames e descobriu que ele havia deixado um filho em sua barriga. A jovem evangélica, que também sonhava com a maternidade, teve o filho esta semana, no Hospital Regional de Vilhena.

Na quinta-feira, o garoto que receberia o nome de Davi Miguel, veio ao mundo antes da 24ª semana de gestação, mas viveu menos de duas horas. A mãe continua recebendo apoio psicológico no hospital, pois ficou extremamente abalada com a perda do bebê, cujo corpinho foi sepultado em Chupinguaia.

“Meu filho e meu neto vão se encontrar no céu. Nada acontece sem a permissão de Deus”, conforma-se a valente Maria, que vem enfrentando uma tragédia familiar atrás da outra nos últimos tempos.

PRIMEIRA PERDA

Pouco depois que a morte do primeiro filho de Maria completou quatro anos, ela precisou sepultar Renan, o segundo a partir em circunstâncias trágicas.

O primeiro a morrer foi Jean, que sofreu um infarto fulminante quando andava de moto próximo ao assentamento onde a família ainda mora. Após sofrer a parada cardíaca em cima de uma ponte, ele caiu dentro de um rio. Tinha 23 anos na ocasião.

Apesar das dores, Maria anima quem passa pelo sofrimento que ela enfrenta: “a fé em Deus faz a gente superar essas tristezas, e é isso que tenho feito”.


Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação
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