Oito municípios de Rondônia estão em situação de emergência devido aos efeitos da estiagem. O cenário foi reconhecido através de um decreto publicado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
As cidades que estão em emergência são:
Alta Floresta do Oeste;
Alto Alegre dos Parecis;
Campo Novo de Rondônia;
Cerejeiras;
Espigão D'Oeste;
Ji-Paraná;
Parecis;
Vilhena.
De acordo com Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), as previsões de chuvas para essas áreas indicam a possibilidade de uma seca severa durante o verão amazônico, que começa próximo ao mês de julho.
Devido esse cenário, os rios e mananciais que são utilizados para o fornecimento de água à população dessa regiões podem chegar em níveis críticos. Espigão D'Oeste, por exemplo, enfrentou racionamento de água após uma intensa e histórica estiagem em 2023.
Já o Rio Machado, em Ji-Paraná, registrou, na última sexta-feira (15), o nível de 7,54 metros, o mais baixo do histórico para este período do ano. Além disso, a tendência é de redução ainda maior devido às previsões para a região, conforme informações do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
O que muda com o decreto?
Através do decreto de emergência, a administração municipal das cidades que estão na lista podem solicitar benefícios econômicos, apoio logístico e de estrutura da União. Como exemplo:
adiantamento de parcelas de programas sociais;
liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS);
inclusão na operação “Carro Pipa Federal”.
Seca dos rios deve ser 'mais severa' em 2024
Segundo o Monitor de Secas, desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA), entre novembro e dezembro de 2023, áreas com seca grave e extrema foram identificadas nos rios rondonienses, principalmente em rios no sul de Rondônia e oeste de Mato Grosso.
A situação diagnosticada indica uma escassez maior de água tanto em municípios rondonienses e matogrossenses, segundo a ANA.
Seca histórica do rio Madeira revela paisagem semelhante a deserto em Porto Velho (RO) — Foto: Emily Costa/ G1 RO
Ainda conforme o Monitor da ANA, as vazões naturais do rio Madeira, em Porto Velho, permanecem abaixo do esperado para o mês de janeiro e fevereiro, meses considerados os mais chuvosos no "inverno amazônico".
Na última sexta-feira (15), por exemplo, o Madeira chegou á 13,40 metros na capital de Rondônia, nível que é considerado abaixo da faixa de normalidade para esse período do ano.
O que tem causado a seca extrema?
De acordo com informações do Serviço Geológico do Brasil (SGB), a região amazônica enfrenta um período de seca extrema desde outubro do ano passado, quando foram registrados níveis abaixo da média histórica para o período de estiagem.
Dois fatores inibem a formação de nuvens e chuvas:
Oceano Atlântico Norte mais aquecido que o normal e mais quente que o Atlântico Sul;
Fenômeno El Niño que causa atrasos no início da estação chuvosa e enfraquecimento das chuvas iniciais do período.
O El Niño acontece com frequência a cada dois a sete anos. Sua duração média é de doze meses, gerando um impacto direto no aumento da temperatura global. Quando ele está em atuação, o calor é reforçado no verão e o inverno é menos rigoroso.
Os principais efeitos do fenômeno sobre o país são o aumento das chuvas na região Sul e a diminuição das chuvas na região Norte e Nordeste. Porém, sobre a Região Norte essa diminuição das chuvas ocorre principalmente nos setores norte e leste.
liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS);
inclusão na operação “Carro Pipa Federal”.
Seca dos rios deve ser 'mais severa' em 2024
Segundo o Monitor de Secas, desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA), entre novembro e dezembro de 2023, áreas com seca grave e extrema foram identificadas nos rios rondonienses, principalmente em rios no sul de Rondônia e oeste de Mato Grosso.
A situação diagnosticada indica uma escassez maior de água tanto em municípios rondonienses e matogrossenses, segundo a ANA.
Seca histórica do rio Madeira revela paisagem semelhante a deserto em Porto Velho (RO) — Foto: Emily Costa/ G1 RO
Ainda conforme o Monitor da ANA, as vazões naturais do rio Madeira, em Porto Velho, permanecem abaixo do esperado para o mês de janeiro e fevereiro, meses considerados os mais chuvosos no "inverno amazônico".
Na última sexta-feira (15), por exemplo, o Madeira chegou á 13,40 metros na capital de Rondônia, nível que é considerado abaixo da faixa de normalidade para esse período do ano.
O que tem causado a seca extrema?
De acordo com informações do Serviço Geológico do Brasil (SGB), a região amazônica enfrenta um período de seca extrema desde outubro do ano passado, quando foram registrados níveis abaixo da média histórica para o período de estiagem.
Dois fatores inibem a formação de nuvens e chuvas:
Oceano Atlântico Norte mais aquecido que o normal e mais quente que o Atlântico Sul;
Fenômeno El Niño que causa atrasos no início da estação chuvosa e enfraquecimento das chuvas iniciais do período.
O El Niño acontece com frequência a cada dois a sete anos. Sua duração média é de doze meses, gerando um impacto direto no aumento da temperatura global. Quando ele está em atuação, o calor é reforçado no verão e o inverno é menos rigoroso.
Os principais efeitos do fenômeno sobre o país são o aumento das chuvas na região Sul e a diminuição das chuvas na região Norte e Nordeste. Porém, sobre a Região Norte essa diminuição das chuvas ocorre principalmente nos setores norte e leste.
Fonte: G1/RO