Em Rondônia, menina de 10 anos é atingida com tiro na cabeça; vizinhos são suspeitos


No Domingo de Páscoa (dia 31), uma menina de apenas 10 anos, moradora da cidade de Cerejeiras, foi vítima de um disparo de arma, por questão de milímetros, não provocou sua morte.

A garotinha, filha de pioneiros em Cerejeiras, foi operada por um neurologista em um hospital particular de Vilhena, ganhou alta ontem à noite e seguiu para casa na manhã desta terça-feira.

Segundo a irmã da vítima, a menina estava brincando com outras crianças na chácara da família, dentro da área urbana de Cerejeiras, e em dado momento, quando ia entrar em casa, começou a gritar e apresentava um sangramento no rosto. De início, os parentes imaginaram se tratar de ferimento provocado por algum inseto.

A irmã acompanhou o atendimento prestado no hospital de Cerejeiras e, desconfiada de que a lesão poderia ser algo mais grave, pediu que fosse feito um raio-X. Após ver a imagem e constatar que a garota estava com uma projetil próximo ao globo ocular, a família começou a viver outro drama: hospitais públicos se recusaram a fazer a cirurgia alegando não dispor de neuropediatra.

Para não levar a pequena paciente para hospitais de Cacoal, a família conseguiu atendimento com o neurologista, que operou a criança no hospital privado Bom Jesus, em Vilhena. Na unidade de saúde ficou constatado que o “chumbinho” de tamanho grande poderia ter atingido três regiões fatais na cabeça da garota: o globo ocular, que poderia deixá-la cega; uma artéria ou o próprio cérebro, o que levaria ao óbito.

Uma queixa foi registrada na Polícia Civil de Cerejeiras, que começou a investigar o caso. Vizinhos da menina, que estariam matando passarinhos, são suspeitos de terem feito o disparo com a arma de pressão, na qual foi usada uma munição que em muitos casos pode ser letal.