Acusada de participação na morte de dentista diz ter sido agredida, recusado proposta de delação e garante que nem conhecia a vítima


Usando fontes alternativas e pessoas próximas, já que a polícia não tem mais dado detalhes do caso, cujas investigações ainda estão em andamento, o FOLHA DO SUL ON LINE chegou até a recepcionista Raqueline Leme Machado, acusada de envolvimento na morte do dentista Clei Bagattini, executado a tiros dentro de sua clínica na região central de Vilhena no dia 12 de julho (ENTENDA AQUI).

Raqueline e o namorado, Maikon Sega, foram presos na zona rural de Colorado do Oeste, onde ele foi ouvido e permanece Cadeia Pública. Ela está no Presídio Feminino de Vilhena desde a captura. Raqueline se reusou a dar informações quando a polícia tentou tomar seu depoimento (LEMBRE AQUI).

Nas declarações que a acusada deu indiretamente a este site, ela disse que havia ido pra a propriedade rural em Colorado antes de seu nome ser relacionado ao crime.

“Ela só não retornou quando houve a divulgação da sua imagem por temer pela sua integridade física, contudo, iria voltar para se apresentar às autoridades policiais naquela mesma semana” garante a pessoa que intermediou as declarações da investigada.

Raqueline revela que ainda não sabe do que está sendo acusada, e argumenta que mantê-la na cadeia seria uma estratégia da polícia para fazê-la falar. “Ela está presa equivocadamente pelo argumento de que seria a amásia do assassino, mas, na verdade, seu namorado seria Maikon Sega e não Maico Raimundo (o matador)”, completa um amigo.

E O NAMORADO?

A recepcionista diz não fazer ideia do que pesa contra o namorado, Maikon Sega, junto ao qual foi presa. E alega que, qualquer que tenha sido a participação dele no assassinato do dentista, ela não tinha conhecimento, e continua sem saber do que o acusam.

POR QUE NÃO FALA?
Aos poucos que a visitam, Raqueline tem dito que não sabe nada sobre o crime e que sequer conhecia a vítima. “Ninguém ficaria preso se tivesse a oportunidade de falar e ser solto”, teria dito a interlocutores, aos quais revelou ter recebido propostas para fazer delação e passar a viver com uma nova identidade.

AGRESSÕES
A recepcionista, que trabalhava em uma clínica médica em Vilhena por quatro anos até ser presa, reafirmou o que disse na audiência de custódia: que foi agredida pelos policiais que a capturaram em Colorado. O Ministério Público irá apurar a denúncia.

PRISÃO ACABA EM 10 DIAS

Presa provisoriamente por 30 dias, Raqueline teve o procedimento prorrogado por mais um mês, e o prazo para soltá-la vence em 10 dias. Seus advogados entendem que ela não preenche os requisitos para ser alvo de outra prisão que, nesse caso, seria uma preventiva. A filha dela, ainda criança, está sendo cuidada pela avó materna.

VENDENDO MÓVEIS
Pressionada a revelar quem está pagando seus advogados, Raqueline alega que um cunhado e uma irmã estão vendendo os móveis dela para custear a defesa, e até mesmo a motoneta Honda Biz, que seria seu meio de transporte para ir trabalhar, também foi negociada com o mesmo objetivo.


Fonte: Folha do Sul