Caerd desmente rumores sobre suspensão total do fornecimento de água em Porto Velho



A Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) desmentiu boatos que circulam nas redes sociais sobre uma suspensão total no fornecimento de água em Porto Velho em razão da seca e morte de peixes no rio Madeira. O que deve ocorrer, segundo a empresa, é paralisação parcial para melhorias no sistema de captação.

Nota oficial: O abastecimento não será interrompido e qualquer paralisação programada será comunicada com dez dias de antecedência.

Moradores de algumas regiões da capital enfrentam dificuldades no fornecimento devido à crise hídrica provocada pela seca severa. Segundo a Caerd, caminhões-pipa estão sendo utilizados para minimizar os efeitos da estiagem.

A crise hídrica, agravada pelo fenômeno El Niño, afetou a captação de água em Porto Velho, especialmente em poços semi-artesianos. Lauro Fernandes, diretor da Caerd, afirmou que a baixa do lençol freático prejudicou o abastecimento em algumas áreas da cidade. No entanto, a população ainda é abastecida com água encanada e tratada.

Apesar de descartar uma suspensão total, o diretor informou que uma paralisação parcial do fornecimento, por até 48 horas, será necessária para melhorias no sistema de captação. Uma nova estrutura flutuante será instalada no Rio Madeira para substituir o equipamento danificado pela seca.

Quem mais sofre com a seca do Rio Madeira

Com as altas temperaturas e uma seca extrema, moradores das comunidades ribeirinhas, que vivem às margens do Madeira, sofrem com a falta de um recurso essencial: a água.

Ribeirinhos vivem com menos de 50 litros de água por dia para toda a família, sendo que a quantidade necessários para suprir as necessidades básicas de uma pessoa é 110 litros por dia, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).


Ribeirinhos estocam água em garrafas pet durante seca — Foto: Gladson Souza/Rede Amazônica


Atualmente, existem 52 comunidades ribeirinhas em Porto Velho, às margens do rio Madeira. São quase 1,5 mil quilômetros de extensão em água doce. Ainda assim, os ribeirinhos não possuem acesso à água tratada e encanada.



G1/RO