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Adolescente assassinada a tiros em residencial de Porto Velho havia sido torturada meses antes, diz polícia



Nicolle Victoria Silva de Lima, de 14 anos, morta a tiros na tarde de sábado (28), no residencial Morar Melhor, já havia sido torturada em abril deste ano, segunda a Polícia Militar (PM). A adolescente foi executada após ser submetida a um "tribunal do crime" liderado pela facção criminosa que domina a região.

De acordo com a PM, cerca de oito meses antes do assassinato de Nicole, a jovem foi agredida e teve o cabelo raspado por dez homens no mesmo residencial em que foi morta.

Nos oito meses entre a tortura e o assassinato, a jovem tentou se esconder. Segundo a PM, ela ficou em um residencial da zona Leste e também chegou a passar um tempo em um abrigo, depois viajou para o município de Guajará-Mirim. Há alguns meses ela voltou para Porto Velho e entrou em uma facção.

Até o momento, a autoria e a motivação do crime não foram esclarecidas. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra a Vida (DERCCV) de Porto Velho.

O Crime

A adolescente Nicolle Victoria Silva de Lima, de 14 anos, foi morta a tiros no residencial Morar Melhor, na Zona Sul de Porto Velho no dia 28 de dezembro. Segundo a polícia, a jovem foi executada após passar por um "tribunal do crime" conduzido pela facção criminosa que domina a região.

De acordo com o 9º Batalhão da Polícia Militar (9º BPM), a equipe foi acionada para atender a ocorrência no residencial, mas ao chegar ao local, Nicolle já estava morta. A polícia informou que o assassinato da adolescente está relacionado a uma organização criminosa que teria invadido apartamentos do Morar Melhor.

No dia 26 de dezembro, Nicolle foi localizada pela polícia em um dos apartamentos do residencial junto a um homem de 47 anos. Durante a abordagem, os policiais encontraram um revólver calibre 38 com munições no imóvel.

Os dois foram encaminhados para a delegacia para prestar esclarecimentos. O homem foi preso por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, mas Nicolle foi liberada e retornou ao residencial, onde permaneceu até ser morta.


DO G1 RO